segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Perdas


As perdas são necessárias porque para crescer temos de perder, não só pela morte, mas também por abandono, pela desistência. Em qualquer idade, perder é difícil e doloroso, mas só através de nossas perdas nos tornamos seres humanos plenamente desenvolvidos.


As pessoas que somos e a vida que vivemos são determinadas, de uma forma ou outra, pelas nossas experiências de perda. Esta compreensão ajuda a ampliar o campo de nossas escolhas e possibilidades.


Todos nós, em princípio, lutamos contra as perdas, mas as perdas são universais, inexoráveis e muito abrangentes em nossas vidas.


E nossas perdas incluem não apenas separações e abandonos, mas também a perda consciente ou inconsciente, de sonhos românticos, ilusões de segurança, expectativas irreais e outras.


Começar a perceber com nossas perdas moldaram e moldam nossas vidas pode ser o começo de uma vida mais promissora e feliz.

ahhh Clarice !!!



“Meu enleio vem de que um tapete é feito de tantos fios que não posso me resignar a seguir um fio só: meu enredamento vem de que uma história é feita de muitas histórias. E nem todas posso contar.” Clarice Lispector

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

...

Hoje, depois de muito, resolvi postar aqui, no meu pequeno cantinho, onde exponho minhas alegrias, ansiedades, vivências da vida, cotidiano coisas sobre tudo e maiao mesmo tmepo sobre o nada. Hoje, o céu está mais brilhante, porque um ser iluminado, Luiza, minha avó, mãe, amiga nos deixou...
A minha preciosidade, minha riqueza. Um ser iluminado, que me ensinou com carinho, amor, sabedoria, tudo que sou hoje, como ser humano, mulher, filha, neta...
Amo você, minha avó com toda a minha força.



“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de.
Apesar de, se deve comer.
Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer.
Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente.” Clarice Lispector

Carlos Drummond de Andrade


“As coisas que amamosas pessoas que amamos

são eternas até certo ponto.

Duram o infinito variável

no limite de nosso poder

de respirar a eternidade

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,dar-lhes moldura de granito.

De outra maneira se tornam absolutanuma outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,

e todos nos cansamos, por um outro itinerário,

de aspirar a resina do eterno.

Já não pretendemos que sejam imperecíveis.

Restituímos cada ser e coisa à condição precáriare

baixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho eterno fica esse gozo acrena boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.”

Carlos Drummond de Andrade